terça-feira, 28 de setembro de 2010

Amor próprio ou egoísmo... eis a questão!

Esse é um tema intrigante, né? Quando o amor próprio vira egoísmo, ou será que são conceitos idênticos? Tem como amar ao próximo como a nós mesmos? Parece até paradoxal, mas só amo o outro se eu me amo... mas se sou egoísta, eu consigo amar ao outro???

Para jogarmos uma luz sobre esse tema, que nos ajudará a entendê-lo melhor, quero compartilhar umas palavras de um autor que gosto muito! Rollo May, psicólogo existencialista, americano. Este trecho é do livro dele chamado "O Homem à Procura de Si Mesmo"

"Felizmente, porém, não mais precisamos argumentar que o amor de si mesmo é não só necessário, como um bem, além de ser indispensável ao amor do próximo. Eric Fromm, em sua excelente análise "Egoismo e amor próprio" deixou bem claro que o egoísmo e a excessiva preocupação com sua pessoa brotam, na verdade, do ódio por si mesmo. E observa que o amor próprio não é a mesma coisa que egoísmo e, sim, o oposto; isto é, a pessoa que se sente intimamente indigna precisa valorizar-se pelo egoísmo, e aquela que tem uma compreensão sadia do próprio valor e que ama a si mesma possui as bases para agir com generosidade em relação ao próximo..." "Kierkegaard expressou de maneira bastante vigorosa:
' Se a pessoa não aprender como o cristianismo a amar a si mesma de maneira correta também não poderá amar aos seus semelhantes... Amar a si mesmo corretamente e aos semelhantes são conceitos absolutamente análogos e, no fundo, são idênticos... Daí o mandamento - Amarás a ti mesmo como ao teu próximo, quando o amas como a ti mesmo - '
Abraços!

sábado, 25 de setembro de 2010

Psicólogo...

"Pois fica decretado, a partir de hoje, 
que psicólogo é gente também. 
Sofre e chora, ama e sente, às vezes, 
precisa falar: O olhar atento, o ouvido aberto, 
escutanto a tristeza do outro, quando, às vezes 
a tristeza maior está dentro do seu peito. 
Quanto a mim, fico triste e fico alegre 
e sinto raiva também. Sou de carne e osso, 
e quero que você saiba isso de mim 
E agora, que jah sabe que sou gente, 
quer falar de você pra mim?" 

Cyro Martins


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que se é..."

Essa frase muito bem escrita pelo Caetano Veloso sempre me intrigou... Desde os meus primeiros semestres de faculdade, quando a conheci, volta e meia me coloco a pensar nela!

Com o tempo foi entendendo essa frase um pouco melhor, a medida que estudei mais sobre o ser humano, que caminhei na vida e na terapia, é claro! rs
Quando resolvemos viver a nossa vida, tomar as rédeas da nossa existência e se lançar no mundo enfrentamos uma série de obstáculos vindos do mundo e das pessoas que nos cercam e também de nós mesmos... Todo mundo que se aventurou nessa tarefa sabe dizer o quanto difícil é colocá-la em prática.

Somos seres de relação e o nosso crescimento e desenvolvimento depende inevitavelmente das nossas relações com os que nos cercam e com o mundo. Mas, quando não tomamos cuidado com a nossa vida acabamos nos prendendo aos outros, ou ao que os outros esperam de nós. Sabermos qual é a medida da necessidade que temos das nossas relações e quando isso se torna uma prisão é muito difícil, mas quando descobrimos é muito legal!

Precisamos de uma grande quantidade de energia, disposição e de suporte para lutarmos e sermos nós mesmos, mas quando topamos essa grande aventura percebemos a delícia que é nos descobrirmos inteiros e crescidos e, assim, podemos nos relacionar com os outros de uma maneira muito melhor...

Dizem por aí que procuramos a "outra metade da nossa laranja"... mas na verdade nós só conseguimos encontrar a "outra metade" quando estamos inteiros!

Portanto, junto com o Caetano Veloso, te convido a apostar nessa grande aventura de ser o que se é, que é dolorosa, mas deliciosa também!

Grande abraço!